terça-feira, 31 de maio de 2016

Logística e Informações sobre Saída de Mergulho para o Petroleiro do Acaraú (Eugene V R Thayer)

Mergulhador junto a proa do Petroleiro do Acaraú. Foto: Marcus Davis.

Ponto de Mergulho
As letras thaYER podem ser lidas.
O Petroleiro do Acaraú é um dos naufrágios mais misteriosos do Ceará. Apesar de ter sua identidade conhecida está localizado a mais de 20mn da costa e a outros 230km de Fortaleza e é considerado um dos "Everests" do mergulho brasileiro. É definitivamente um mergulho para avançados pela distância da costa, longa navegação e a presença de correntezas na superfície e no fundo.

Toda essa dificuldade vale a pena. É um mergulho na história. O petroleiro norte americano Eugene V R Thayer foi afundado abril de 1942 pelo submarino italiano Pietro Calvi. Antes de naufragar, passou dois dias em chamas a deriva. Onze membros de sua tripulação pareceram no sinistro. É um link com os acontecimentos da II Guerra que aconteceram em nosso litoral 70 anos atrás. Evidências dessa batalha podem ser vistas no lugar.
Colônias de Coral Sol.

História a parte, o mergulho é incrível! Barracudas, tartarugas, tubarões lixas, beijupirás, esponjas e corais encantam o cenário.

Recentemente nossa equipe descobriu a existencia de uma espécie invasora de coral no local. O coral sol nativo do Oceano Pacifico Sul vem invadindo o Atlântico nas últimas décadas e até então não era conhecida a sua existência ao norte de Sergipe.



Pré requisito

Incluso
  • Embarcação regulamentada com equipamentos de salvatagem
  • 02 cilindros e lastro
  • Lanche (água, refrigerante, biscoitos, frutas, sanduíches e doce de goiaba) 
  • Instrutor e/ou divemasters para conduzir o mergulho
  • Hospedagem em pousada com ar condicionado e café da manhã para dois pernoites na véspera e após a saída (sexta para sábado e sábado para domingo).

Não incluso

Datas e Valores

Local de Encontro 

Horário de Saída e Previsão de Retorno
  • Encontro às 7:30h na Pousada Oásis 
  • Saída às 8:00h no Porto dos Barcos em Itarema 
  • Previsão de Retorno às 20:30h no Porto dos Barcos, em Itarema.
  • Os horários de saída e retorno podem sofrer variações e serão confirmados na véspera

Tempo de Navegação
  • Em média 4:30h de ida. 
  • Em média 4h de volta.
  • A operação no mar dura em média 12:00 horas (navegação ida e volta, e operação de mergulho com intervalo de superfície), portanto se sairmos mais tarde, chegaremos mais tarde. Por este motivo o pernoite na véspera e após a saída está incluso.

Recomendações
  • Recomendamos o uso de remédios para enjoo
  • Protetor solar, roupas secas e toalha
  • Pernoite na véspera e na volta estão inclusos e são fortemente recomendados em vista a longa viagem de carro para Fortaleza.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Ameaça: Coral Sol identificado no Ceará

Coral-Sol do gênero Tubastraea no Petroleiro do Acaraú, no Ceará. Foto: Marcus Davis. Todos os direitos reservados.

No Ceará existe naufragado a 20 milhas náuticas da costo um navio conhecido como Petroleiro do Acaraú. Este naufrágio permanecia sem identidade até ser corretamente identificado como o petroleiro norte americano Eugene V R Thayer naufragado em abril de 1942 quando foi canhonado por um submarino italiano... tudo isso aconteceu aqui no litoral cearense e sua história foi recentemente publicada no Atlas de Naufrágios do Ceará.
O petroleiro Eugene V R Thayer.

Fantásticas histórias a parte, passados os tempos sombrios da Segunda Guerra Mundial, agora a ameaça é outra. O litoral brasileiro vem sendo colonizado por espécies invasoras que habitam outros mares e, quando chegam aqui, causam um desequilíbrio ambiental.

O coral-sol é uma espécie que pertence ao gênero Tubastraea, natural do Oceano Pacifico. As espécies localizadas no Petroleiro do Acaraú por Marcus Davis e confirmadas pelos doutores Marcelo Oliveira Soares e Pedro Carneiro do Laboratório de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará são Tubastraea tagusensis e T. coccinea. Elas tiveram seus primeiros registros no Brasil pela Bacia de Campos provavelmente trazidos por incrustação em plataformas de petróleo. Em 2006 foi identificada por pesquisadores na Bahia e em 2014 em Sergipe. Acreditava-se que ele não havia ultrapassado o litoral de Pernambuco... até agora.

Compartimentos do naufrágio completamente tomados pelo Coral-Sol. Foto: Marcus Davis. Todos os direitos reservados.

A notícia é vista com receio pela comunidade científica:
Pelo jeito é Tubastraea tagusensis; muito triste que chegou no Ceará, temos até então apenas registros em plataformas de Sergipe o mais para nordeste. O MMA, Ibama e Icmbio estão bem sensibilizados e fazendo um Plano Nacional de Monitoramento e Controle do Coral-Sol no Brasil. Este registro é importante neste sentido. Esclareço que o vetor de introdução é incrustação em plataforma de petróleo e etc, não é agua de lastro. Vocês podem ver maiores informações no Facebook do Projeto Coral Sol (Joel Creed, UERJ)
Foto: Marcus Davis.
Todos os direitos reservados.
Resta saber como ele chegou aqui. Este foi o único avistamento, e não são conhecidos outros locais colonizados pela espécie. No entanto, os porões e áreas abrigadas do naufrágio estão completamente tomados por ele. Nesse caso a história do navio também pode ajudar. O Eugene VR Thayer estava em rota da Argentina para Venezuela, é possível que a espécie tenha sido introduzida ainda neste período? Ou sua chegada é mais recente? 

Existem outros locais na área habitados por este ser? Como salvar as espécies nativas? Segundo pesquisadores os corais-sóis são agressivos a espécies nativas, como o coral-cérebro do gênero Mussismilia, espécies endêmicas do litoral brasileiro que agora estão em risco. Essas questões estão sendo estudas por especialistas, mas normalmente este é um caminho sem volta como o caso do peixe-leão no Caribe.

Saiba mais
O Ceará e a II Guerra Mundial: O Afundamento do "SS Eugene V R Thayer" e o "Petroleiro do Acaraú" - Mais um navio identificado no Ceará?

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Naufrágio do Alcântara em 1892 - seria o Vapor do Paracuru?

por Augusto César Bastos e Marcus Davis

R. J. H. Saunders era o capitão do Alcântara. Medeleine Saunders, sua esposa, está enterra no Cemitério São João Batista em Fortaleza.
A pesquisa de naufrágios é um trabalho de detetive: juntar as pistas descobertas pelo caminho. É um trabalho quase sem fim, pois a história é extensa e fontes e detalhes surgem a cada dia. E foi assim que tropeçamos na história do vapor Alcântara naufragado em 1892 nas proximidades da praia do Paracuru.

É de nosso conhecimento que existem dois naufrágios no litoral da Praia do Paracuru. Um deles está a cerca de 13 km da praia naufragado a 18m de profundidade, popularmente conhecido como "Vapor do Paracuru" e ainda não foi corretamente identificado por nossa equipe. O outro está encalhado na praia, também em Paracuru, nas proximidades da ponta da Piriquara, mas tem sua identidade conhecida, era o vapor Ceará encalhado em 1889.

O Vapor do Paracuru era um navio antigo. Possuía caldeiras para propulsão e as chapas de metal que constituíam seu casco foram rebitadas umas nas outras, tecnologia que caiu em desuso por volta da década de 20. Essas evidências são indícios de tratar-se de uma embarcação construída antes desse período o que a coloca no mesmo espaço de tempo em que o vapor Alcântara navegava em nosso litoral. Seriam o Alcântara e e o Vapor do Paracuru a mesma embarcação? 

“Dos relatos da vovó Raimundinha lembro bem da tragédia com sua irmã Rosa Virgínia (Rosinha). Rosinha morava em Manaus onde as fortunas eram fáceis e atraíam grande número de brasileiros e estrangeiros. O marido de Rosinha faleceu de malária e deixou a viúva com muito dinheiro e jóias. Ela desfez os negócios em Manaus e embarcou no vapor Alcântara com destino ao Acaraú. Esse navio naufragou na costa de Paracuru.
Rosinha, como era hábito na época, carregava consigo muito dinheiro e jóias.
Com ela, viajava um seu compadre solícito e prestativo. Na hora do desespero, ele ajudou Rosinha a subir numas pranchas e prontamente ficou com sua valise e uma bolsa. Ele sabia de suas “valiosas” cargas. Pegou um bote para voltar com socorro e não mais regressou. Rosinha sucumbiu junto com o comandante do navio que esperavam inutilmente por ajuda.
Anos depois, esse solícito amigo, em seu leito de morte, angustiado pelo remorso e na presença de muitas testemunhas, relatou toda a cena do naufrágio e chamava o nome de Rosinha pedindo perdão.
Foi assim que a família ficou sabendo da verdade. Ele deixara sua comadre morrer sem socorro para ficar com seus bens.
Esse naufrágio foi no dia 27 de junho de 1892, em Paracuru. O comandante desse vapor Alcântara está sepultado aqui no São João Batista e seu túmulo é próximo à Capelinha da família de Leocádia da Costa Araújo.
Há uma lápide de mármore: R J H Saunders M.I.C.E. Fica no primeiro plano, à esquerda da alameda central.
Vovó Raimundinha sempre que ia à nossa capela dava uma passadinha para rezar pela alma do comandante e dizia “ele e minha irmã passaram juntos os últimos momentos de vida”.
O poeta cearense Lívio Barreto, membro da Padaria Espiritual e um dos mais expoentes de sua geração, se encontrava também embarcado mas conseguiu sobreviver, pois era um bom nadador e chegou até a costa.

Essas anotações chegaram pelas mãos do Dr. Barroso, médico aposentado, que também possui peças do naufrágio. Uma bússola, uma travessa e os pés de uma mesa.

A bússola do vapor Alcântara, naufragado em 1892.

Esse naufrágio foi citado no livro “Datas e factos para a história do Ceará” de Barão de Studart.

É tentador afirmar que o nome real do Vapor do Paracuru é Alcântara. No entanto, esses fatos por si não são suficientes para uma confirmação. Sabemos que existe o vapor do Paracuru e o vapor Ceará, mas e se houver um terceiro? Ou mesmo um quarto naufrágio a vapor na região ainda não conhecido? Registros históricos apontam pelo menos um terceiro naufrágio na região: o vapor Aripuanã, naufragado em 1920, próximo a praia do Pecém...

Fotos
Augusto César Bastos

Leia também:
O Encalhe do Paracuru
Expedição ao Vapor do Paracuru
Novas Informações sobre o Encalhe do Paracuru - o vapor Ceará

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Projeto Tamar: mais de 30 anos cuidando das nossas tartarugas marinhas!

As tartarugas encontradas são medidas, pesadas, fotografadas e marcadas pelos profissionais do Projeto Tamar.
O Projeto Tamar, criado em 1980 pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, atual Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, é um projeto que visa a preservação de tartarugas marinhas. Tamar tem origem de Tartaruga Marinha e atua em pesquisas, monitoramentos, educação socioambiental.

Estagiária do Projeto fixando a etiqueta de marcação. Parte do trabalho do Tamar é identificar as tartarugas encontradas

Tartaruga-Oliva.
Hoje seu reconhecimento é internacional como uma bem sucedida experiência de conservação marinha e é usada como modelo para outros países, principalmente pelo fato de envolver as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho socioambiental.

O Projeto Tamar atua em nove estados brasileiros, percorrendo mais de 1.000 km de áreas costeiras visando a preservação de áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso de cinco espécies de tartarugas que ocorrem em nosso país (Tartaruga-cabeçuda, Tartaruga-verde, Tartaruga-de-pente, Tartaruga-de-couro e  Tartaruga-oliva).

Tartaruga-Cabeçuda.
Hoje a expressão Tamar passou a designar o Programa Nacional de Conservação de Tartarugas Marinhas, atuando em cooperação entre o Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente, e a Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996.
Tartaruga-de-Couro ou Gigante.
Além do trabalho direto com as tartarugas marinhas, o projeto visa a conscientização ambiental para somar forças em seu trabalho. A responsabilidade social também é levada em consideração, principalmente na geração de emprego e renda para a população que participa em suas ações ou na confecção de artesanato que é vendido pela loja do projeto.

Com o uso de tecnologia, o Projeto Tamar, fazendo uso de localizadores via satélite, monitora as rotas de tartarugas de 2001 e seus resultados são voltados para entender o processo de migração e deslocamento natural delas, concluindo, recentemente, que as tartarugas são riqueza internacional, uma vez que elas percorrem mares de países dos continentes Africano e Americano, sendo necessário uma cooperação internacional na preservação de recurso natural.

No Ceará o Projeto Tamar possui sede na praia de Almofala, no município de Itarema, 190 km de Fortaleza, em uma comunidade indígena, considerada como último reduto dos Tremembé no litoral oeste do Ceará. O projeto monitora  40km de praias, além de locais de desembarque, venda de peixes e mercados públicos.

Pesagem de uma das três
tartarugas encontradas
As tartarugas encontradas nos currais de pesca da região são recolhidas pelo Tamar para reabilitação ou apenas para marcação, coleta de dados, etc. Acompanhamos o trabalho desses profissionais em Itarema, CE.

No estado a Tartaruga-Verde é o centro das atenções, pois elas comumente sofrem com as pescas irregulares ou utilizando equipamentos e técnicas que prejudicam a tartaruga, como redes, currais e caçoeiras.

Portanto é importante que estejamos ciente de projetos que visam a preservação dos ecossistemas naturais, uma vez que eles são nosso principal ambiente de diversão, além do fato de serem fundamentais para a manutenção da vida no planeta.

Acompanhamos o trabalho desses profissionais em Itarema


Referências:
http://www.projetotamar.org.br/index.php;
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-tartarugas/livro_tartarugas.pdf;

quarta-feira, 4 de maio de 2016

"Quero mergulhar, mas sou míope!": Máscara com Grau pode resolver

Não só a miopia, mas a hipermetropia e o astigmatismo são condições de visão cada vez mais comuns e não é muito difícil encontrar alguém que use óculos. Hoje, com ajuda do avanço tecnológico na produção de lentes, não é muito difícil a produção de lentes que auxiliem na correção dessas condições para o dia a dia.

A necessidade do uso de óculos.

Óculos e lentes de contato são facilmente adquiridos para serem usadas em todas as ocasiões, mas será que podem ser usados em mergulho? Bem, os óculos ficam difíceis de usar por baixo da máscara de mergulho, mas e as lentes de contato?

As lentes de contato não são muito recomendadas para mergulhos pelos riscos que envolvem seu uso. O principal é um alagamento acidental da máscara de mergulho, podendo aumentando as chances de perder a lente e ter que interromper o mergulho devido a incapacidade de visualização embaixo d'água. Outro risco é a maior chance de contaminação da lente por bactérias que possam se alojar na lente e gerar infecções oculares.
O uso de lentes de contato.
Quem usa lentes de contato sabe dos desafios diário quanto o assunto é manuseio e higienização delas, uma vez que, se elas entram em contato com algum líquido que não seja a solução fisiológica própria, as lentes podem estragar, comprometendo seu uso.

Para se ter uma noção, a concentração de sais das soluções próprias para lavagem de lentes de contato é cerca de 0,9%, enquanto que a água do mar possui uma média de 3,5% e a água dita 'doce', entre 0,4 e 0,5%. Essas concentrações de sais, tanto da água doce, quanto da salgada, geraria problemas na lente.

 Então quem tem condições especiais de visão não pode mergulhar? Sim, elas podem sim! Pequenos valores de grau podem ser corrigidos pela própria água e pelo "grau" do material em que a máscara é feito, principalmente nos casos leves de hipermetropia. Mas, e se o grau for maior, tem como mergulhar? Sim! Com máscaras de mergulho com grau! Isso mesmo. Lembra sobre o avanço tecnológico na fabricação de lentes? Então, esses avanços também chegam ao mergulho e há óticas especializadas na produção de lentes para serem adaptadas em máscaras de mergulho.

Máscara de mergulho adaptada com grau.
Mas essas adaptações podem não estar acessíveis financeiramente, mas que é vantajoso, é! A ótica Santista Class Optica é tradicional e experiente na fabricação de lentes adaptadas à mascaras de mergulho. A loja é sediada em São Paulo e foi com o responsável técnico Márcio Garcia Groegel que esclarecemos nossas dúvidas. 

E aí? Como ocorrem a adaptação das lentes?
"A adaptação de lentes corretivas em máscaras de mergulho é um trabalho artesanal e que envolve vários fatores para o sucesso do serviço e consequentemente de uma boa visão subaquática. Atualmente o mercado só fabrica blocos de cristal com diâmetro de 65 milímetros e ainda assim é difícil encontrar, pois esse material esta caindo em desuso, por essa razão as máscaras mais indicadas são as com desenho de olho pequeno, como por exemplo a Omer Bandit."

Modelo mais indicado para o
processo de adaptação.

O que é preciso saber além disso?
"Ainda que o olho da máscara seja pequeno, dependerá muito da distância pupilar do usuário, para saber se a lente corretiva irá cobrir toda a lente da máscara. Outro detalhe é a correção do usuário. Dependerá da receita , saber se é possível ou não fazer o serviço."

Como é feita a lente?
"Nós precisamos fazer uma lente a partir de um bloco bruto de cristal, aonde deixamos uma face da lente plana, para posteriormente fundir essa ao vidro original da máscara. Para um óculos, é diferente, pois a lente possui geralmente as duas faces curvas."

E quanto aos custos e tempo de serviço?

Formato das lentes: plana de um 
lado, curva de outro.
"O valor de um par de lentes em cristal highlite, monofocal é de R$ 380,00. Eu costumo pedir 20 dias de prazo para fazer, pois como comentei anteriormente, é um serviço que está em desuso e preciso parar tudo que estou fazendo para me dedicar somente a esse par de lentes de cristal. Muitas vezes as lentes quebram e precisamos recomeçar do zero todo o processo. Se existir correção para longe e para perto, daí terei que fazer 2 pares de lentes...continuaremos tendo dois focos (bifocal), mas neste caso o valor seria de R$ 760,00, pois precisarei de dois pares de lentes para neutralizar os 'vícios' refrativos do usuário."

Lentes e máscaras em adaptação.

Certo! O que preciso mandar para ter minha máscara adaptada?

"Sempre oriento os clientes, a adquirirem a máscara e, antes de nos enviar, efetuar a marcação de forma correta, da distância pupilar. Com essa informação realizamos algumas ponderações aqui na empresa, pois quando mergulhamos, não estamos na posição ereta...geralmente estamos 'deitados' e muitas vezes olhando pra cima (quando descemos), o que foge muito da nossa maneira de se locomover em terra, onde olhamos sempre pra frente e baixo... É possível ainda fazer correção somente para perto, no caso adicionamos duas películas na parte inferior do vidro da mascara, fazendo uma lente bifocal. Lembro sempre que, cada caso é um caso..."

Então, suas dúvidas foram esclarecidas? Já está pronto para investir em uma máscara de mergulho adaptada e deslumbrar de todas as belezas do Mergulho no Mar do Ceará?
Processo de adaptação: lentes
em montagem na máscara.

Agradecimentos:
Ao responsável técnico da Santista Class Optica, Márcio Garcia Groegel, pela disponibilidade em esclarecer os questionamentos e disponibilizar as imagens das máscaras e montagem. A ótica possui site próprio e responde às dúvidas e pedidos por meio dos contatos disponíveis em seu site.

Referências Fotográficas
Lente: http://imguol.com/2013/01/17/o-estudante-de-fisica-renato-amaro-golin-21-que-usou-lentes-de-contato-validas-por-um-ano-dos-12-aos-17-anos-1358436813661_1024x768.jpg;


Óculos: https://3.bp.blogspot.com/_8xwfILl9yKM/So71zwuTRCI/AAAAAAAAEJ4/WNQ2uGAumY0/s320/u0005230big.jpg